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1/27/2007 

Nada Pujante

Estou estupidamente satisfeito com nada. Um nada feito de absolutamente não saber o que fazer e isso não me preocupar.
Parece até quase um erro estar assim: parado e estonteantemente bem. Sabe a prazer. Dá prazer.
Lá fora faz um frio intenso mas raia o sol. Apetece pegar num bloco e desenhar pontos negros numa folha branca. Apetece dormir de um lado do vidro estampado contra o sol... Apenas o corpo desleixado, a natureza rigorosa e majéstica, e conforto silencioso. Tirar partido do silêncio e da vibração da luz. Enjoy the silence.
A sensação de movimento provoca acelaração contínua. Agora é tempo de abrandar, de escrever dois-pontos e descrever ao invés de avançar com a história. É tempo de dar tempo.
Não estou com pachorra nem de foder. Nem mesmo de ir a alguma exposição ou evento de natureza cultural ou artística. Apetece simplesmente partilhar o silêncio e a luz com livros, revistas, uma caneta e talvez até um sono de meio de tarde.
As coisas fúteis também têm interesse. Aliás, sou apaixonado por situações e pessoas normalíssimas. O silêncio tem qualquer coisa de familiar e de uma força pujante.
Chama-se a isto criatividade.