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1/20/2007 

E assim vamos...

Este é o teu funeral
Olha para ti e não sintas pena
És o que foste e o que voltarás a ser

O que importa reside no peito, nas emoções
Seja triste ou alegre não importa
O que importa é sentir, o que importa é estar
E o demais transborda para a cabeça e para o intelecto

Não há nada a perder
Não há nada a ganhar
A chave da vida é saber estar

Vivemos como crianças a construir castelos de areia
Regendo a vontade por números, ambições e aparências
A maior ilusão é não acreditar em ilusões

De essência somos únicos
Temos motivações, ritmos e funções pessoais
Negamos. Negamos tudo
Um dia a dor no peito aperta
Um dia acordamos e nada faz sentido
Um dia... Trocamos as voltas à vida
Um dia escolhemos outro caminho
E assim nos iludimos com novas ambições e desejos

Não há nada a perder
Não há nada a ganhar
A chave da vida é saber estar

Compreende-se então que nada é certo
Que o caminho é o meio e o objectivo em si só
Vê-se então a beleza do nada
Aceitam-se os opostos
Temos vontade de reconciliação
Encontra-se na morte uma enorme promessa de paz
A beleza está em cada fracção de segundo
O agora vale mais que qualquer desejo

Não há nada a perder
Não há nada a ganhar
A chave da vida é saber estar

No final está-se só
E a solidão não magoa
É antes uma voz companheira que nos guia
E os momentos de união são mais importantes
Encontra-se um balanço harmonioso
Conhece-se o eu
E assim vamos...