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3/02/2006 

Master of Puppets

Hoje encontro-me perfeitamente insatisfeito.

Faz algum tempo que não saboreava esta sensação de não-controle de mim mesmo.
Como se houvessem momentos em que uma pessoa deixa de viver e passa a ser vivido, como se ficasse sentado a ver os carros passarem; e o que incomoda profundamente nesta sensação é a não aceitação por parecer retardada ou não-produtiva, porque se aceitasse o estado de espírito, provavelmente passava de imediato para outro mais gratificante.
Se estivesse, por exemplo, de férias e não na merda da rotina de casa-emprego-inércia-sono-emprego-casa, etc., estaria na boa, mas como não estou passo a interiorizar este sentimento que apesar de entendido produz efeito.

Não existe nenhuma prova científica do masoquismo fazer parte integrante do ser humano?

Não sei porque chega UM momento em que TODA e QUALQUER coisa atinge o seu estado limite. Como se esgotasse a fonte. É isso que sinto em relação ao que me rodeia, que expirou o prazo de validade, e de certa forma sinto-me receoso por anticipar estes fins e por saber de antemão que cada vez o prazo é menor e se consome TUDO de forma mais voraz.

The way I see it, a forma de anular este desconforto é FAZER algo. Se hoje chegar a casa e meter em marcha algo que me preencha, sei que afasto este sentimento, mas é preciso VONTADE ACTIVA.... E no final do dia sobra pouca força para gerar, criar ou estimular essa vontade.