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4/21/2005 

Simples(mente)

As coisas mais belas do universo são absurdamente simples e de caras.

Hoje dei por mim deitado no relvado da Gulbenkian a olhar para uma árvore e a apaixonar-me pelo universo, como se fosse uma criança em delírio visual pela novidade e frescura das coisas que a rodeiam.
Regressar a um estado infantil, de pura inocência e desconhecimento do mundo deve ser um deleite. Ter interesse pelas pessoas sem qualquer tipo de condicionalismo moral, olhar para os objectos sem associar à sua função, deixar ser contagiado pela emoção nua das cores sem existir uma associação de temperatura. . .

Enfim, acho que tive este momento de prazer por ter piscado o olho a uma criança logo pelas 8 da manhã.
Pisquei o olho a outra pessoa à alguns meses atrás e sinto que tenho vindo a aprender bastante com o acto de coragem dela. A força dos outros inspira-nos para actos igualmente heróicos; assim como a naturalidade de uns é a surpresa de outros.

I still remember your wide-open pupil wishing to drag me into sweet ecstasy. I'm glad I've accepted!
Moreso, I'm glad for the choices I've made and drove me here, to this exact moment writing these very own words.

Nothing belongs to nobody.

Fico feliz por ter deixado de desejar.