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4/20/2005 

Não quero o que não tenho

Os paradoxos da vida são no mínimo irónicos, senão mesmo absurdos.

Sou um gajo com dificuldades em ser objectivo em termos de fazer passar cá para fora o que sinto ou penso. Vejam só o rídiculo do que acabei de escrever e a forma extremamente formal como o fiz ! ! Oh my...

Onde pretendia chegar era: custa-me ser acertivo, objectivo e rápido. Perco tempo a tentar-me fazer entender quando provavelmente já sou uma pessoa suficientemente clara para quem me conhece minimamente. Right?

Numa relação custa-me ser simples e objectivo. Afirmar a minha posição. Aliás, custa-me porque não acredito nessa história de posições e imposições. Mas provavelmente até é importante para a outra parte, visto haver tantos velhos na rua sempre às turras e parecem continuar juntos ao fim de décadas. Dá que pensar não dá?
No trabalho custa-me explicar a minha sensibilidade por receio de ser considerado mesquinho tresloucado ou gayzola. Pois no mundo da imagem ou se é artista ou panilas, ainda não entendi bem porquê essa fronteira entre louco ou gay. Não entendo inclusivé o que é que se ganha em caír nesses extremos. Que eu saiba é uma parolice pois quanto mais se faz força para um lado maior a queda para o lado inverso.

Tudo isto para dizer que sou um gajo sortudo, pois procuro uma coisa que não necessito.
Tenho casa, amor, trabalho, sou independente, livre e tenho pessoas interessantes à minha volta.

Why the hell do we keep searching for more?
Why do we keep longing for something we don't need?