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5/19/2006 

Seco como um Salgueiro

Quem és tu, à beira de um ataque de nervos, para decidir o que fazer com a minha vida?
Estou profundamente em fúria com o egoísmo de desejares a morte e me quereres arrastar contigo.
Ninguém me conduz para lado nenhum, a não ser que eu queira ir.
Da próxima vez que fechares os olhos e me puxares contigo, vai ser a última vez que o fazes...

E o meu ódio é:
Ver as raízes das árvores crescerem para fora da terra à procura de um pingo de água
E os céus virarem-se ao contrário procurando o sol nas entranhas do cinzento
E bater com um punho fechado na terra semi-mole em negação com os factos da vida
Olhar o monge enquanto este cruza o meu caminho e violentamente agredir o chão com um ramo
O monge é lânguido e parece satisfeito com a minha incompreensão crescente.

Hoje acordei tenso e suado. A arfar de revolta. Sentia saudades do ódio, e desta força que me resseca as entranhas.
Quando estamos sozinhos somos resistentes.
A individualidade ocupa espaços por preencher, e consome sentimentos desconhecidos.
Criam-se defesas para saber lidar com o que não se quer aprender.
E o pior de tudo é ser o actor segundário no palco da minha vida.

A partir de hoje:
Seco como um salgueiro com fome
Implacável com o que me diz respeito
Certo do que me assegura
Decidido com o que me faz bem
Pensamento rectilinio; afiado
Ouvinte atento dos impulsos instintivos

... E atirei o anel (da complexidade) ao mar.
Venha o que vier!